O Google Bard recebeu uma atualização recente que agora permite um maior entendimento sobre seus usuários para fornecer respostas mais personalizadas, levando em conta interações passadas.
Este avanço é possível graças à introdução da função “memória“, que pode ser ativada ou desativada nas configurações do chatbot de inteligência artificial, de acordo com as preferências do usuário.
Google Bard agora tem memória
Segundo o site Android Police, as interações anteriores com o assistente de IA do Google eram ignoradas. Ou seja, cada vez que você inicia uma nova conversa com o Google Bard é como se fosse a primeira. Isso mudou agora.
Com a nova funcionalidade ativada, o sistema levará em conta declarações e detalhes de conversas anteriores para moldar suas respostas futuras. As informações armazenadas serão usadas para personalizar as respostas da IA.
Por exemplo, se um usuário for vegano, uma memória pode ser criada para que o Bard evite sugerir receitas que incluam produtos de origem animal, como leite ou ovos, proporcionando assim uma experiência mais alinhada ao estilo de vida do usuário.
Os usuários encontrarão uma tela incentivando-os a explorar a funcionalidade “Memórias”, que o Google descreve como: “Agora, o Bard pode reter informações de conversas anteriores para aprimorar suas respostas“. Isso é seguido pela opção de criar uma memória, com exemplos como: “Evito consumir carne”, “Tenho dois filhos” e “Prefiro respostas mais curtas”.
O Bard também pode ser sincronizado com outros serviços do Google, como Maps, YouTube e Workspace, utilizando dados dessas plataformas para responder a perguntas ou executar comandos. A implementação dessa funcionalidade está sendo feita de forma gradual, então é possível que nem todos os usuários tenham acesso imediato.
Outras atualizações do Bard
Além disso, o Google introduziu na última sexta-feira (29) uma nova opção que permite aos administradores de sites escolherem não contribuir para o treinamento dos modelos de IA do Bard e do Vertex AI, aprimorando assim os controles de privacidade para os desenvolvedores web.
Para auxiliar nesse processo, a gigante da tecnologia lançou o Google-Extended, um novo recurso que permite aos editores de sites gerenciar como seus sites contribuem para o treinamento dos modelos de IA do Bard e Vertex AI, bem como futuros modelos de linguagem e outras tecnologias que impulsionam seus produtos.
Disputa com o ChatGPT
Nessa nova corrida do ouro que se tornou a inteligência artificial, o Google chegou meio tarde. E só chegou por que foi pressionado por empresas como a OpenAI, que lançou o badalado ChatGPT em novembro de 2022. Então agora a Gigante das Buscas precisa tirar o prejuízo e se aproximar o máximo possível de seu principal rival.
E por falar em ChatGPT, a plataforma de inteligência artificial generativa da OpenAI já conta com algumas dessas novidades. Por exemplo, há alguns meses foi lançado a função “Custom Instructions”, que é equivalente à função “Memória” do Google Bard.
E assim como o Google, a OpenAI também disponibilizou uma ferramenta para desenvolvedores de sites impedirem que o crawler da plataforma não use o conteúdo para treinar a IA.
